A formação de Academia da Berlinda é (da esq. para a dir.) Gabriel, Yuri, Tiné, Alexandre Urêa, Tom Rocha, Hugo Gila e Irandê |
Diversão com música dançante. Salsa e merengue se fundindo com samba, batidas afro e bregas sessentistas. A ideia da Academia da Berlinda, que surgiu em 2004, deu certa e hoje a banda é destaque no cenário musical do estado e do país, recebendo elogios inclusive de jornais e revistas do mundo afora, como a Rolling Stones e o New York Times. Formada por Hugo Gila (Teclado), Tom Rocha (Percussão), Gabriel (Guitarra), Urêa (Vocais e Percussão), Tiné (Vocais), Irandê (Bateria) e Yuri (Baixo), o grupo tem raízes pernambucanas fincadas há anos. Os integrantes da Academia da Berlinda também formam bandas como Orquestra Contemporânea de Olinda, Mundo Livre S/A, DJ Dolores e Aparelhagem, Eddie, A Roda e Quarteto Olinda. Mas independente disso, os sete músicos embalam noites em que “dançar agarradinho” é o objetivo principal, e a prova disso são as músicas dos dois discos, sendo o último intitulado Olindance – álbum que a banda já disponibilizou na internet. Confira agora a conversa com a Academia da Berlinda:
Marcus Fernandes - Vocês fazem um som misturando elementos musicais latinos, brega roots e afrobeat, originando um som bem dançante. Como surgiu a ideia de fazer a Academia da Berlinda acontecer?
AB - A Academia da Berlinda surgiu antes da ideia da banda. Na verdade todos já tocavam em outras bandas e se conheciam. Num de nossos encontros, surgiu a ideia de fazer uma festa que fosse pra dançar (um baile). Não existia um repertório formado nem existia o nome da banda. A festa deu tão certa que depois nos reunimos novamente e resolvemos dar continuidade as festas e eleger um nome para banda, que ficou Academia da Berlinda porque todos brincavam muito nos shows e sempre colocavam um ao outro na berlinda.
AB - A Academia da Berlinda surgiu antes da ideia da banda. Na verdade todos já tocavam em outras bandas e se conheciam. Num de nossos encontros, surgiu a ideia de fazer uma festa que fosse pra dançar (um baile). Não existia um repertório formado nem existia o nome da banda. A festa deu tão certa que depois nos reunimos novamente e resolvemos dar continuidade as festas e eleger um nome para banda, que ficou Academia da Berlinda porque todos brincavam muito nos shows e sempre colocavam um ao outro na berlinda.
Marcus Fernandes - Para quem a Academia da Berlinda faz música? Existe um público específico ou a tendência é realmente de desenvolver um trabalho popular?
AB - Para todos! Música é universal. No nosso caso não existe um público específico. Claro, existem pessoas que se identificam mais com nosso som e acompanham a banda, e isso é muito importante para qualquer grupo independente. Quando pensamos nas composições trabalhamos todas as nossas influencias e tentamos sintetizar nosso universo. A tendência do sentido popular acaba sendo natural.
AB - Para todos! Música é universal. No nosso caso não existe um público específico. Claro, existem pessoas que se identificam mais com nosso som e acompanham a banda, e isso é muito importante para qualquer grupo independente. Quando pensamos nas composições trabalhamos todas as nossas influencias e tentamos sintetizar nosso universo. A tendência do sentido popular acaba sendo natural.
Marcus Fernandes - Em junho de 2007 vocês lançaram o primeiro disco, álbum homônimo que rendeu matérias na revista Rolling Stones e New York Times, e elogios da imprensa brasileira. Durante este período, como vem sendo a receptividade do público ao trabalho da Academia da Berlinda?
AB - Nosso primeiro disco nos rendeu bons frutos. Foi bem legal, deu pra rodar um monte, levar nossa música pra lugares que tínhamos vontade. Aonde nosso trabalho chegou foi bem recebido sempre. As matérias fortaleceram mais a proposta da banda e serviram para dar mais projeção. O ciclo continua com o próximo disco.
AB - Nosso primeiro disco nos rendeu bons frutos. Foi bem legal, deu pra rodar um monte, levar nossa música pra lugares que tínhamos vontade. Aonde nosso trabalho chegou foi bem recebido sempre. As matérias fortaleceram mais a proposta da banda e serviram para dar mais projeção. O ciclo continua com o próximo disco.
Marcus Fernandes - O que dizer da atual cena musical de Pernambuco e da receptividade do público local?
AB - Acredito que a cena pernambucana a cada ano que passa engrossa mais seu caldo. Os artistas e todos que fazem a cena estão mais profissionais, procurando uma atmosfera de trabalho que possibilite uma maior liberdade de pensamentos e originalidade na arte que fazem. Você consegue ver a verdade na música feita aqui. Isso acontece em vários lugares também, mas temos o privilégio de ter um forte potencial musical isso faz com que Pernambuco se destaque. O público local acompanha esse desenvolvimento participa ativamente deste processo de transformação.
Marcus Fernandes - A Academia da Berlinda acumula seis anos de estrada, dois discos lançados, e várias apresentações. Qual a experiência mais marcante que o grupo sentiu durante este tempo? Existe algum marco em comum a todos?
AB - Sim, o primeiro disco foi um marco pra nós. A idéia inicial da banda era ser um projeto paralelo. Quando lançamos o disco em 2007, a concepção mudou. Todo processo de trabalho, criação, composição, pré-produção, produção e pós. Outro marco foi a primeira turnê da banda e por ai vai...
Marcus Fernandes - Falando no novo disco, o que a Academia da Berlinda quer propor com o Olindance?
AB - Música, Olinda, dança, alegria... Tudo junto numa coisa só. É um disco pra festejar, pra colocar no som do carro e ir pra um lugar que você esteja muito afim, pra animar aquela festa que já está meio morgada. Pra tomar banho, um disco multifuncional. Diferente do primeiro não vem com participações. O processo foi mais longo e imprevisível em relação a custos e tempo. Tivemos oportunidade de trabalhar com Buguinha Dub no processo de captação e mixagem do disco, e na faixa “Melô do Meninão” contamos com um quarteto de cordas sob a direção e arranjo de João do Cello.
Marcus Fernandes - Vocês se consideram uma banda olindense e que o som que vocês fazem tem a cara da cidade?
AB - Sim... Todos vivem muito a cidade... Absorvemos muita coisa do nosso cotidiano. Você acaba colocando na música o som que você ouve da cidade, os ritmos, as cores, as ladeiras até a tapioca, e a macaxera de Noca! As bandas daqui tem uma sonoridade muito parecida entre si. Importante no contexto de identidade musical de uma determinada região. Pode se experimentar outros universos, também não é uma regra geral. Mas acaba acontecendo muito com as bandas de Olinda.
Marcus Fernandes - Entre as apresentações de maior destaque no cenário musical, a Academia da Berlinda já fez show no Festival RecBeat (2006), Criolina DF (2008), SESC Pompéia SP (2008), Virada Cultural SP (2009) e no 20º Festival de Inverno de Garanhuns. Existe algum momento especial para a banda que aconteceu encima dos palcos?
AB - Muitos... Quando tocamos pra um público muito grande é especial, quando tocamos num palco no chão é especial. Quando jogam uma melancia no palco é especial (não façam mais isso!). Quando falta 10 minutos pra começar o show e o baterista leva um tombo, desmaia e consegue voltar a si, a tempo de começar o show é especial. Os anos de estrada nos proporcionaram bons momentos nos palcos.
Marcus Fernandes - Indiquem cinco bandas que inspiraram o som da Academia da Berlinda:
AB - The Pop's, Fela Kuti, Elino Julião, Lia de Itamaracá e OS Kiezos
Marcus Fernandes - Para finalizar, gostaria que vocês dessem um recado para os leitores da revista:
AB - Primeiramente agradecer a oportunidade da entrevista, pois sem ela provavelmente você que está lendo agora teria um canal a menos de comunicação e conhecimento do que está acontecendo na música. E dizer que é muito bom poder chegar a mais pessoas e mostrar seu trabalho. Abraço, paz e muita música a todos!
FOTO: Divulgação e Rodrigo Zanotto
AB - Música, Olinda, dança, alegria... Tudo junto numa coisa só. É um disco pra festejar, pra colocar no som do carro e ir pra um lugar que você esteja muito afim, pra animar aquela festa que já está meio morgada. Pra tomar banho, um disco multifuncional. Diferente do primeiro não vem com participações. O processo foi mais longo e imprevisível em relação a custos e tempo. Tivemos oportunidade de trabalhar com Buguinha Dub no processo de captação e mixagem do disco, e na faixa “Melô do Meninão” contamos com um quarteto de cordas sob a direção e arranjo de João do Cello.
Marcus Fernandes - Vocês se consideram uma banda olindense e que o som que vocês fazem tem a cara da cidade?
AB - Sim... Todos vivem muito a cidade... Absorvemos muita coisa do nosso cotidiano. Você acaba colocando na música o som que você ouve da cidade, os ritmos, as cores, as ladeiras até a tapioca, e a macaxera de Noca! As bandas daqui tem uma sonoridade muito parecida entre si. Importante no contexto de identidade musical de uma determinada região. Pode se experimentar outros universos, também não é uma regra geral. Mas acaba acontecendo muito com as bandas de Olinda.
Marcus Fernandes - Entre as apresentações de maior destaque no cenário musical, a Academia da Berlinda já fez show no Festival RecBeat (2006), Criolina DF (2008), SESC Pompéia SP (2008), Virada Cultural SP (2009) e no 20º Festival de Inverno de Garanhuns. Existe algum momento especial para a banda que aconteceu encima dos palcos?
AB - Muitos... Quando tocamos pra um público muito grande é especial, quando tocamos num palco no chão é especial. Quando jogam uma melancia no palco é especial (não façam mais isso!). Quando falta 10 minutos pra começar o show e o baterista leva um tombo, desmaia e consegue voltar a si, a tempo de começar o show é especial. Os anos de estrada nos proporcionaram bons momentos nos palcos.
Marcus Fernandes - Indiquem cinco bandas que inspiraram o som da Academia da Berlinda:
AB - The Pop's, Fela Kuti, Elino Julião, Lia de Itamaracá e OS Kiezos
Marcus Fernandes - Para finalizar, gostaria que vocês dessem um recado para os leitores da revista:
AB - Primeiramente agradecer a oportunidade da entrevista, pois sem ela provavelmente você que está lendo agora teria um canal a menos de comunicação e conhecimento do que está acontecendo na música. E dizer que é muito bom poder chegar a mais pessoas e mostrar seu trabalho. Abraço, paz e muita música a todos!
FOTO: Divulgação e Rodrigo Zanotto
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